Segundo dados publicados na revista Paediatrics Child Health, cerca de 10% das mulheres em idade fértil sofrem com a Síndrome dos Ovários Policísticos.
Esta síndrome se caracteriza por uma série de sinais e sintomas como ausência de ovulação e elevação dos níveis de Androgênio no organismo. Para saber mais detalhes sobre esse problema que afeta milhares de mulheres em idade fértil todos os anos, continue lendo esse post e descubra:
- O que são ovários policísticos;
- Quais são os sintomas da SOP;
- Como é feito o diagnóstico da Síndrome do Ovário Policístico;
- Quem tem mais chances de ter Ovários Policísticos;
- Como é feito o tratamento da SOP.
Confira!!!
O que são Ovários Policísticos?
A Síndrome dos Ovários Policísticos corresponde a um problema de causa desconhecida que necessita de dois de três critérios para seu diagnóstico: aumento do nível de androgênio no corpo ou sinais disto (como acne e excesso de pêlos), vários (mais que 12) pequenos cistos ou aumento dos ovários e menstruação irregular.
Um dos grandes problemas dessa doença é que ela é desenvolvida por conta de uma combinação de fatores ambientes e genéticos.
Entre eles estão:
- Aumento dos hormônios masculinos no organismo da mulher;
- Alterações nos ciclos menstruais;
- Ausência ou falhas na ovulação;
- Predisposição genética entre outros.
Quais são os sintomas da Síndrome dos Ovários Policísticos?
A Síndrome dos Ovários Policísticos, também conhecida como SOP, possui uma série de sintomas. Uma das dificuldades para a obtenção de um diagnóstico precoce, é justamente o fato de que esses sinais também estão associados a outros distúrbios.
Mas no geral, é possível citar como sintomas da SOP:
- A irregularidade nos ciclos menstruais;
- Excesso de pelos pelo corpo;
- Ganho de peso rápido;
- Obesidade;
- Acne em diferentes graus;
- Infertilidade;
- Infertilidade por anovulação;
- Aumento de características masculinas.
Como é feito o diagnóstico de Ovários Policísticos?
O diagnóstico de Ovários Policísticos é apontado através de processo de eliminação de outros quadros patológicos. Isso quer dizer que é afastado as possiblidades de outras doenças, antes do diagnóstico da doença.
Para isso, são realizados uma série de exames, tais como: ultrassom ginecológico transvaginal, dosagem dos hormônios (FSH, Estradiol, LH, TSH, Testosterona total, prolactina, SDHEA e 17-OH progesterona) que é feita entre o segundo e terceiro dia do ciclo menstrual, curva de insulina, curva de glicemia, teste de intolerância à insulina e ultrassom ginecológico pélvico.
Com base nos resultados desses exames que o especialista irá avaliar se o diagnóstico é de Síndrome dos Ovários Policísticos ou não.
Quem tem mais chances de ter Ovários Policísticos?
Algumas pessoas em específico têm mais chances de desenvolver a SOP do que outras. Entre os grupos que estão predispostos a desenvolver o quadro de SOP, estão:
- Mulheres que já tiveram casos na família;
- Portadoras de diabetes;
- Quem sofre de síndrome metabólica;
- Pessoas com obesidade;
- Mulheres que passaram por puberdade precoce;
- Mulheres que tiveram baixo ou alto peso no nascimento;
- Mulheres que sofrem de acantose nigricans.
Contudo, também é preciso levar em conta fatores externos como, o consumo de suplementos que tenham hormônios masculinos na composição.
Como é feito o tratamento dos Ovários Policísticos?
É possível tratar os Ovários Policísticos de diferentes maneiras. No caso das mulheres que desejam apenas tratar o aumento de hormônios e características masculinas, o tratamento pode ser feito através do uso de anticoncepcionais.
No caso de mulheres que desejam não só tratar os sintomas da SOP, mas, também engravidar, o tratamento precisa ser mais complexo. A princípio o médico poderá indicar apenas perda de peso e remédios para reduzir a resistência à insulina. Se não funcionar, o uso de indutores de ovulação pode ser empregado.
Mas isso dependerá muito do quadro da paciente. Por isso, é indispensável que você vá a um especialista. Apenas ele poderá identificar se existem Ovários Policísticos, e a melhor maneira de trata-los.