O sonho da maternidade tem perpetuado no coração das pacientes angolanas! Sonho esse que tem feito com que essas mulheres cruzem o Oceano Atlântico percorrendo cerca de 7.000 km em busca de avanços da medicina brasileira na área de fertilização humana.
Agora, a pergunta que provavelmente você deve estar se fazendo nesse momento é:
Como o Brasil se tornou referência em reprodução assistida para pacientes angolanas?
Um dos fatores que mais contribui com a disseminação da imagem brasileira para reprodução assistida entre as pacientes angolanas é o fato de ambos os países possuírem o mesmo idioma nativo, o Português, o que facilita muito a comunicação aqui no Brasil.
Há um preconceito cultural muito forte na Angola onde se determina que o valor de uma boa esposa é atribuído pela quantidade de filhos que ela pôde gerar no seu casamento, as famílias deste país são geralmente constituídas por mais de 03 filhos.
Quando a natureza apresenta obstáculos para o ciclo natural da maternidade é uma situação desesperadora para essas mulheres, pois a falta de descendentes no casamento pode ser motivo para o marido gerar filhos fora do matrimônio ou mesmo abandonar suas esposas.
Esse é o principal receio dessas pacientes angolanas que desembarcam por aqui em busca de auxílio.
Porque esses procedimentos não são feitos na Angola?
A Angola possui um histórico sofrido de guerras. E só recentemente é que o país conteve uma guerra civil que perdurou por cerca de 40 anos. Tais acontecimentos cobraram um preço alto no desenvolvimento do país.
Em consequência disso o crescimento da medicina foi muito afetado, onde a saúde se encontra praticamente em estado de construção e desenvolvimento.
Alguns profissionais brasileiros até já tentaram atuar diretamente na Angola oferecendo o tratamento a essas mulheres, o que evitaria deslocamentos, transtornos e maiores gastos as pacientes angolanas, porém, os impeditivos encontrados como a falta de regulamentação e leis para esse tipo de procedimento acabaram se tornando um obstáculo, para a inserção de clinicas de fertilização estrangeiras no país.
Qual o método utilizado nessas pacientes?
Os métodos aplicados as pacientes angolanas é a mesma técnica utiliza nas pacientes brasileiras, onde o profissional competente irá avaliar os fatores que estão restringindo a mulher a uma gravidez natural.
Com base no diagnóstico da causa de Infertilidade é definido o método ideal para cada paciente, sendo que o método frequentemente utilizado na reprodução assistida é o de Fertilização In Vitro.
O procedimento consiste na fecundação dos óvulos fora do ambiente uterino, alguns dias após a fecundação em laboratório os embriões serão implantados no útero da paciente e com cerca de 15 dias será possível obter o resultado do procedimento.
Em caso de êxito a gravidez deverá ser minuciosamente acompanhada por um profissional ginecologista/obstetra.
Caso a fertilização não evolua para uma gravidez a paciente poderá repetir o processo após alguns dias mediante constantes avaliações médicas.
Durante todo esse processo as pacientes angolanas permanecem no Brasil, hospedadas em hotéis e pensões, muitas vezes com o orçamento no limite, porém o sonho de ser mãe as motiva a continuarem sua árdua saga em busca da maternidade.