Você já ouviu falar sobre a biópsia embrionária? Sabe qual é a sua importância em procedimentos de fertilização in vitro? Embora seja comum, é ainda um procedimento que gera dúvidas em diversas mulheres.

Pensando nisso, criamos um conteúdo exclusivo visando responder às principais dúvidas em relação ao diagnóstico pré-implantacional e quando ele é necessário. Se deseja saber mais a respeito, acompanhe:

O que é a biópsia embrionária ou Diagnóstico Pré-Implantacional (DPI)

A biópsia é um exame que observa mudanças ou comportamentos incomuns em células humanas, tais como a alteração do formato ou tamanho. Em procedimentos de reprodução assistida, como fertilização in vitro, é a técnica onde os embriões são levados para análise.

No Diagnóstico Pré-Implantacional, os embriões são analisados antes da inserção no útero materno. Através do método CGH, do qual falaremos melhor adiante, é feita a análise dos 23 pares de cromossomos.

O procedimento é realizado para avaliar se há a existência de doenças genéticas ou cromossômicas, além de alterações que causem falhas ou o aborto espontâneo, antes que possa dar continuidade à fertilização.

  • O teste CGH-Array

O CGH-Array é uma metodologia citogenética molecular responsável pela identificação de alterações cromossômicas. Por compreender 180.000 pequenas sequências de DNA, cobrem uma vasta extensão de genomas, resultando em análises de alta resolução.

Esse tipo de teste é capaz de distinguir regiões clinicamente significativas, permitindo detectar deleções e amplificações genéticas, com a vantagem de realizar toda essa análise em apenas um único teste.

Há riscos para o embrião?

Existem sim riscos de danificar o embrião durante o procedimento, porém, com os avanços tecnológicos e científicos, os riscos de dano são baixíssimos, correspondendo a somente 5% dos casos.

Quando é necessária a biópsia embrionária

Embora seja importante nos tratamentos in vitro, ela não é recomendada para todos os casos. Há situações particulares nas quais o médico solicitará o procedimento. Entre elas, está:

  • A Idade Materna Avançada

Mulheres com idade entre os 38 e os 40 anos, possuem maiores chances de desenvolver embriões com má formação. Devido à idade, as chances de aborto espontâneo são também maiores e, por essa razão, é comum que o médico solicite a DPI.

  • Filhos anteriores que apresentem cromossomopatias

Em casos onde o casal tenha outros filhos que possuem cromossomopatias, tais como a síndrome de Down, síndrome de Turner ou alguma outra semelhante, o embrião será avaliado.

  • Doenças genéticas familiares

Se o pai ou a mãe possuírem em seu histórico alguma doença familiar, é importante verificar se o embrião carrega também o gene portador e, por essa razão, o exame será realizado.

  • O Cariótipo alterado

Um cariótipo normal é composto por 22 pares de cromossomos autônomos e um par de cromossomos sexuais.

As anomalias podem envolver um ou mais cromossomos e, entre as mais comuns estão as alterações numéricas ou as estruturais, resultantes da quebra ou recombinação dos cromossomos.

Por ser uma condição capaz de gerar abortos espontâneos, em casos de alteração no cariótipo, a biópsia embrionária será realizada.

Agora que conhece melhor o procedimento de biópsia embrionária, havendo a necessidade, converse com o seu médico para que possam fazer a melhor escolha ao seu caso.