Muitas mulheres acima dos 35 anos de idade ou submetidas à tratamentos contra o câncer procuram saber como preservar a fertilidade. Graças aos avanços da Medicina Reprodutiva, há diversos métodos que possibilitam coletar e conservar gametas para uma gestação futura.
Visando responder às principais dúvidas a respeito do tratamento, elaboramos um conteúdo que introduz a essa possibilidade clínica, além de esclarecer questionamentos comuns e as indicações para cada método. Acompanhe e descubra!
Entendendo como preservar a fertilidade
Antes de falarmos sobre a preservação, de fato, devemos entender melhor como funciona o organismo feminino e o “relógio biológico ovariano”, que evolui por fatores próprios e não se relaciona somente ao envelhecimento do restante do corpo da mulher.
Embora casos de infertilidade sejam mais comuns após os 35 anos, procure seu especialista para avaliar melhor a sua reserva ovariana.
- O envelhecimento ovariano
O envelhecimento ovariano é caracterizado pelo declínio dos folículos ovarianos, decorrente da perda de saúde reprodutiva de óvulos e ovário. Acontece que as mulheres não produzem novos óvulos após o nascimento, ou seja, elas já nascem com a quantidade exata de óvulos, que serão liberados mensalmente ao longo da vida.
No início da vida, o número é de 2 milhões; após a primeira menstruação há uma queda para 400.000 e aproximadamente 1.000 são perdidos a cada menstruação, até não restar nenhum.
A queda na reserva ovariana é um processo inevitável, além de estar relacionada diretamente com a idade da mulher, outros aspectos podem influenciar, como por exemplo: o aspecto físico, estilo de vida e as escolhas alimentares.
- Para quem é recomendado o tratamento
Devido a maior ocorrência de declínio ovariano a partir dos 35 anos, é um método voltado a mulheres com idade igual ou superior à mencionada. Também é indicado para pacientes submetidas a quimioterapia ou radioterapia.
Métodos de preservação da fertilidade
Há alguns métodos principais para quem busca saber como preservar a fertilidade. São eles: congelamento de óvulos, de embriões, do tecido ovariano e também a estimulação ovariana. Saiba mais:
- O congelamento de embriões
Esse procedimento é recomendado a mulheres que possuem um parceiro ou utilizem espermas doado. Nele, é feita a fertilização prévia do óvulo, com o espermatozoide escolhido previamente, sendo ele de banco de sêmen ou de algum parceiro. Após o congelamento do embrião não poderá ser alterado a paternidade.
No congelamento de embriões, os óvulos são obtidos através do estímulo ovariano, fertilizados em laboratório e, posteriormente, há o congelamento dos embriões resultantes. É o procedimento mais eficaz, com elevadas taxas de gravidez resultantes.
- Congelamento de óvulos
Diferente do congelamento de embriões, a mulher não precisa de um parceiro ou doação prévia de esperma. É um método de preservação da fertilidade que ajuda a garantir uma futura gravidez.
- Estimulação ovariana
Inicia-se no início da menstruação, onde são aplicados hormônios via subcutânea. Após dez dias, os folículos ovarianos são aspirados a fim de obter-se óvulos mais maduros.
Esse método não é o mais recomendado para mulheres em tratamento de quimioterapia ou radioterapia ou quando há metástase.
- Congelamento do tecido ovariano
Quando o ovário (ou parte do ovário) é removido por laparoscopia e congelado.
Agora que sabe como preservar a fertilidade, destacamos que são, acima de tudo, procedimentos voltados a quem não encontra outros meios para engravidar. Por isso agende uma consulta com um especialista em Medicina Reprodutiva, realize exames e veja qual procedimento é o mais indicado a seu caso.