É muito comum termos notícias de mulheres que sofrem abortos espontâneos no início da gravidez, o que não é à toa, já que os estudos apontam que 25% das mulheres sofrem disso até a 22ª semana gestacional, boa parte em razão da ocorrência de embriões aneuploides.

O ser humano é o animal que mais tem problemas de infertilidade e 50% das gestações perdidas se dão em razão de más formações cromossômicas nos embriões.

Em casos de reprodução assistidas, a porcentagem de aneuploidias é bastante significativa, sendo que cerca de 50% são diagnosticados como tal.  Pela relevância do tema, saiba mais no post abaixo.

O que são embriões aneuploides

Os embriões aneuploides são aqueles que apresentam alguma alteração no número de cromossomos, para mais ou para menos do cariótipo humano.

O próprio organismo, ao identificar essa ocorrência, impede a implantação do embrião no endométrio, eliminando-o do corpo, no fenômeno que conhecemos como aborto espontâneo.

Caso o embrião apresente um cromossomo a mais estamos diante de uma trissomia, ao passo que um cromossomo a menos caracteriza a monossomia. São ocorrentes, também, alterações no formato dos cromossomos, o que também pode originar embriões aneuploides.

Causa dos embriões aneuploides

Qualquer fecundação pode gerar embriões aneuploides, em razão de alterações que naturalmente podem ocorrer no esperma ou no óvulo.

Fato é que os estudos, apesar de avançados, ainda não sabem indicar exatamente em qual momento esses embriões param de se desenvolver e quais as exatas causas disso. Contudo, em mulheres com idade avançada, a chance de ocorrência é maior.

Isto ocorre porque as mulheres, ao contrário dos homens em relação aos seus espermatozoides, já nascem com todos os seus óvulos formados, os quais não se regeneram ao longo dos anos. Portanto, com o passar do tempo à quantidade de óvulos vai diminuindo e o processo de divisão cromossômico vai sendo prejudicado.

Consequentemente, óvulos mais velhos apresentam maiores chances de terem falhas na divisão cromossômica, com cromossomos a mais ou a menos, e, assim, acarretando a formação de embriões com alterações.

Se até os 34 anos de idade a chance de formação de um desses embriões é de 22 a 66%, a variação de chance aumenta para 55 a 80% em mulheres com mais de 38 anos de idade.

Quais os riscos dos embriões aneuploides

Além do abortamento espontâneo, os embriões aneuploides podem oferecer riscos de partos prematuros, falhas de implantação do embrião e cromossopatias, que são síndromes ocasionadas pela alteração do número de cromossomos, como as Síndromes de Down, de Turner e de Edwards.

Como é feito o diagnóstico

As aneuploidias são verificáveis através de um teste denominado Teste PGD (Diagnóstico Pré-Implantacional). Que avalia as condições do embrião antes de ser implantado no útero da mulher. E é um procedimento muito utilizado em casos de fertilização “in vitro”.

Os embriões aneuploides, portanto, são bastante comuns dentre as mulheres que engravidam. E é sempre importante o acompanhamento médico em caso de gravidez, seja por reprodução assistida ou não.

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