Com a proximidade do parto, são várias as dúvidas e ansiedades sobre quais os procedimentos que deverão ser realizados no momento de dar à luz, sendo a episiotomia um tema delicado. Saiba mais neste post.
Definição de episiotomia
A episiotomia é um corte feito no períneo, área muscular entre vagina e ânus, feito durante o parto, com o objetivo de evitar a ocorrência de um rasgo no local. O procedimento é feito com a aplicação de anestesia local e, finalizado o parto, o médico dá pontos na região, para suturação e cicatrização.
Surgida na Europa do século XVIII, adveio de um contexto de ausência de técnicas aprimoradas de assepsia e anestesia, representando, portanto, uma alternativa aos casos de dificuldades na parte, as quais eram maiores e mais recorrentes.
Com o aumento do número de partos realizados em hospitais (antes nas casas das famílias), principalmente na década de 70 no Brasil, o procedimento se tornou bastante popular. Nessa época, também se acreditava que o período de expulsão do bebê deveria ser rápido, em cerca de 15 minutos, motivo pelo qual a técnica também se mostrou bastante eficiente.
Quando é necessária?
A técnica mostra-se necessária quando a mulher não apresenta a dilatação suficiente para viabilizar o parto. Ou, então, quando se deve antecipar o nascimento à dilatação completa.
Apesar de não ser indicada em todos os partos, houve uma época na qual a episiotomia era padrão e feita em todos os casos, o que, em verdade, representava uma mutilação do corpo feminino e poderia causar consequências negativas na vida sexual da mulher.
Polêmicas sobre a episiotomia
Como dito, houve um tempo no qual o procedimento era feito de forma indiscriminada. A verdade é que muitos médicos sempre o faziam para agilizar o parto, por impaciência, mesmo em casos nos quais a episiotomia era totalmente dispensável.
Por isso mesmo, um procedimento que deveria ser uma exceção, acabou se tornando rotina. E ainda hoje, a porcentagem de sua realização é expressiva no Brasil, na quantia de 54%, ao passo que a OMS a recomenda em 10% dos partos.
O procedimento pode apresentar consequências negativas a curto e longo prazos. Por isso mesmo a alta incidência de sua realização é um tema que indigna muitos.
Atenção!!!
A curto prazo a técnica pode causar dor, infecção e formação de hematomas. Sendo que após um período mais longo pode acarretar cicatriz no local e fibrose. Ocasionando dores no momento da relação sexual.
Não obstante, muitas mães relatam um sentimento de impotência e de mutilação no momento do parto. Ocasionando sérias sequelas psicológicas e emocionais. Em um momento que deveria ser recordado somente pela sua ternura e amor.
Deve ser salientado que pelo Código de Ética Médico. Não pode ser feito qualquer procedimento sem a autorização do paciente. A não ser em caso de morte, o que nem sempre é o caso.
Portanto, a episiotomia é um procedimento que somente deve ser realizado em casos específicos. Sempre importante o questionamento sobre a técnica pela grávida ao médico de confiança.
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