A sinequia uterina é uma doença que acomete mulheres em idade para engravidar e consiste no surgimento de cicatrizes, que provocam aderências, no revestimento interno do útero, que é o endométrio.

Essa doença se desenvolve de forma a ocasionar obstáculos no útero, prejudicando a gravidez, e pode se manifestar em três estágios. Saiba mais neste post.

Estágios da sinequia uterina

A doença pode se desenvolver em três estágios, quais sejam, leve, moderado e grave.

  • Leve: pode ser parcial ou total e é constituída por tecidos endometriais;
  • Moderada: a aderência já apresenta um tecido fibromuscular, o que pode ocasionar a obstrução parcial ou total do útero:
  • Grave: no estágio grave ou severo, o tecido é bem mais denso e causa danos à cavidade uterina.

Sintomas

Em geral, a sinequia uterina é assintomática, ou seja, sem sintomas. Porém, pode ocorrer de dar sinais de que algo está errado, por isso mesmo fique atenta caso você apresente qualquer dos sintomas abaixo:

  • Alterações no fluxo de menstruação;
  • Problemas na gravidez;
  • Aborto;

Causas da sinequia uterina

As causas da doença são diversas e geralmente estão ligadas à traumas sofridos pelo útero. Na maioria dos casos, a doença se manifesta em razão de procedimento de aborto por curetagem, já que por essa técnica o útero passa por uma espécie de limpeza, com retirada de fragmentos da placenta e do endométrio.

Pode ocorrer também após cirurgias de retirada de mioma, pólipos, cesárea e endometrite.

Diagnóstico

Como dito, a sinequia uterina nem sempre apresenta sintomas, de modo que o diagnóstico pode demorar um pouco mais para ser fechado. Contudo, a partir do momento que há uma desconfiança de desenvolvimento da doença, existem exames específicos que permitem o diagnóstico.

Geralmente é realizado o exame denominado histeroscopia, que consiste na análise da cavidade interna do útero e seus tecidos. Além desse, o diagnóstico pode ser feito através de exames de ultrassom, chamados de histerossonografia e histerossalpingografia.

Tratamento

O tratamento mais adequado é de acordo com o estágio de avanço da doença.

Em casos mais leves, o tratamento é mais simples, através de um procedimento de histeroscopia não cirúrgica. Contudo, caso se esteja diante de um caso moderado ou, até mesmo, grave, é indicada a intervenção cirúrgica.

Sinequia uterina e gravidez

O diagnóstico de sinequia uterina não é sinônimo de impossibilidade de engravidar. As aderências presentes no útero podem significar dificuldade no desenvolvimento da gravidez, tanto que se considera ser uma gravidez de risco, porém a mulher não é considerada infértil por isso.

Algumas complicações que podem surgir durante a gravidez são:

  • Aborto espontâneo;
  • Parto prematuro;
  • Placenta prévia ou acreta;
  • Descolamento de placenta;
  • Apresentação fetal anômala.

Por isso mesmo, quando se deseja engravidar, o acompanhamento médico é imprescindível antes, durante e depois da gravidez, para que se reduzam as chances de gravidez diante de quadros que podem trazer complicações.

Sabendo um pouco mais sobre a sinequia uterina, sempre procure por profissionais de saúde em caso de aparição de qualquer dos sintomas acima e, também, para acompanhamento preventivo.

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